quinta-feira, setembro 21, 2006

O Sequestro

Qual será o fundamento da morte, que não a vida? Ou será a morte, o fundamento da vida? Mas que significado terá esse conjunto de letras enigmático?
As perguntas sobrepõem se ás respostas, as mesmas são escassas, são tentativas de desvendar aquilo que não deve ser desvendável...
A morte é como ir a um centro comercial, ao cinema na sessão da meia –noite. Faça chuva ou calor, saímos de casa, agarramo-nos à cadeira, com quilos de pipocas de entusiasmo, e quando damos por nós o centro comercial já encerrou. Juntamo-nos aqueles e aquelas que também não conseguem sair daquele “recreio cinemático”, esperando que outro dia recomece, que nos seja dada uma segunda oportunidade para brincar á vida.
Tenho medo! Tenho pavor! Trasando a sofrimento, quando penso que minha família, meus amigos rejubilam com uma bela sessão nocturna de cinema. Tenho medo que se esqueçam do relógio em casa, que se esqueçam de mim...
O problema (ou não), é que nunca sabemos o nome do filme que vamos ver. Mas descansem...no momento certo saberemos...
A morte nunca sai a rua sozinha, traz sempre a sua irmã consigo... a fé. Desde o tempo das brigas pelas barbies, que as duas são inseparáveis, ou melhor deveriam ser. O tempo passa, mas as duas continuam como se tivessem 7 ou 8 anos, não só por estarem cada vez mais jovens, como também por aquelas rejeições e zangas infantis, que não são mais do que uma forma de complementaridade, de não conseguirem viver uma sem a outra.
E aqui reside o segredo!!! O segredo para este ponto enigmático da minha, da nossa existência como seres humanos. Assim como a vida se transforma em morte, a morte também se poderá transformar em vida. Esta transformação não é padronizada, é totalmente irresponsável. Não obedece a nada nem a ninguém, apenas se cimenta na tal irmã que foi, que é, que continuará a ser, a fonte, o processo e o produto da nossa alcoolémia existencial, a fé...
Não é fácil percebe-la, eu próprio desconheço o seu nome completo. Apenas defendo a tese de um super doutoramento, sem nunca ter efectuado um estudo completo e rigoroso. Apenas defendo um dos alicerces da minha vida, não é fácil…
Somos portanto sequestrados. Em qualquer lugar, em qualquer instante, podemos ser utilizados como moeda de troca para algo diferente. Viveremos em cativeiro, á espera do síndroma do resgate. Seremos libertados ou então...
Numa vida somos sequestrados uma só vez, preparem-se para o valor do resgate...
Desacordo com os poetas que dizem que a morte é a melhor solução para pôr fim ao sofrimento. A melhor vida é aquela onde se atravessa por todos e pelos mais ambíguos sentimentos. Viver é amar, mas é também sofrer.
Não há melhor forma de falar na morte, do que falar da vida. A vida é um jogo, ganha quem a conseguir viver...

Beijo e abraço (7)

4 comentários:

Anônimo disse...

É verdade, a vida é ganha por quem a consegue viver, nem que dure uma só fracção de segundo.
De quem ganhou resta-nos guardar o bocadinho da sua vida com que nos presenteou (este sim, é o maior dos desafios à egoísta essência humana)!
Qual será então a regra relevante para este jogo:
- Ter fé na transformação da morte?
ou
- Ter fé na vitória da vida?
1 beijo :)

Anônimo disse...

Quem sabe escrever, sabe.
Mais um belo texto para quem lê.
Espero que não estejas a lidar com esse problema... porque por mais que se fale, pense, imagine é a única coisa que só se experiÊncia uma vez! E não há ninguém para contar como é...
***

Anônimo disse...

Tenho pena que queiras exagerar nos teus textos. Falando deste, começas bem mas depois pôes os pés pelas mãos, cruzas ideologias que perdem o sentido com o que o texto pretende exaltar. Um coisa também importante que gostaria de salientar, para o teu bem, é teres mais atenção aos erros ortográficos, sendo que és um licenciado. Conhecendo-te como conheço, esta tara de escrever desinfriadamente não vem de agora, mas fico contente por ver que continuas o mesmo. Parabéns pelo blog criado. Uma proposta: dá a oportunidade aos teus leitores de debaterem temas quotidianos (lança um tema, podendo ser controverso ou não, mas que dê para o debate de várias perspectivas). Abraço.

Anônimo disse...

Outra proposta... escreve o que quiseres, quando quiseres (claro que com atenção aos erros ortográficos), mas de ti e para ti!
O blog é acima de tudo, pessoal... é isso que os torna a todos especiais de uma ou de outra maneira...
Continua...
M.